domingo, 25 de março de 2012

Por Diego Dall Agnol de Lima  


Mais uma madrugada lá fora e ela está sem saber o que fazer, não sabe se deixa a chuva cair e as nuvens carregadas sorrirem ou se o caminho deve ficar livre para a lua derramar seu brilho. Que indecisão dela não? Todos nós já nos sentimos assim indecisos. No momento em que tivéssemos nascido, na hora em que o médico da um “tapinha” nas nossas costas, ele deveria gritar bem alto no nosso ouvido:
 – VOCÊ SERÁ UM INDECISO!

Não entendo por que as pessoas ficam bravas quando as chamam de indecisas, não creio que isso seja uma ofensa, afinal somos indecisos com coisas muito banais. Que roupa usar? O que comer? O que beber?
Imagine ficar indeciso em relação a algo sério, com alguém que gostaria de ter “algo sério” com você, isso não é o pior, o pior é você que é humano, ridículo e que só usa 10% de sua cabeça. O que fode com tudo é ficar na indecisão de levar isso adiante ou não, a famosa indecisão em que todos deveríamos ter sido avisados pelo médico sacana que nos puxou de dentro das nossas mães.

O não saber o que fazer nesses casos é o que mata, é o que mata não, é o que corrói você por dentro todos os dias. Não importa o estado etílico em que você se encontre, a famosa indecisão estará lá e pensando bem acho que darei um jeito de voltar no tempo com o meu Delorean e entregar esse texto que estou tentando escrever para o maldito médico que me puxou para esse mundo, porque ele não falou nada de como eu seria indeciso e o quanto isso iria me prejudicar.
Naquela noite de novembro o senhor Doutor devia estar como a madrugada lá fora.